O vazio e a busca por um sentido
- Felipe Severo
- 15 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de fev. de 2024
Em meio a tantos estímulos diários e tantas respostas apresentadas de forma prática para problemas complexos, a busca por um sentido na vida e o preenchimento de um “vazio” se torna cada vez mais simbólica e significativa para nós como indivíduos. Seja buscando por uma resposta à monotonia do cotidiano ou para tentar ressignificar um contexto de sofrimento, diversos teóricos já se debruçaram na ideia de qual seria o verdadeiro sentido da vida e o porquê a procura por um sentido traz a sensação de um “vazio”.
Muitos de nós, hoje, estamos expostos a uma série de informações e conteúdos que afetam a nossa percepção de mundo. Portanto, é cada vez mais comum notar uma dificuldade em lidar com a velocidade com que recebemos informações, somos expostos a propagandas e estilos de vida surreais, além de o quão prático é para acessarmos todo e qualquer tipo de conteúdo através de diversos dispositivos. Ao pensar nessa quantidade de estímulos que consumimos todos os dias, se torna mais fácil de entender por que às vezes nos sentimos mais cansados, ou mais “vazios”.
E como atribuir um sentido e diminuir a sensação de vazio? Existem muitas formas de se observar essa sensação de vazio e como tentar atribuir um sentido à nossa vida em meio a tantas respostas artificiais. No geral, se colocar nesse lugar de atribuir sentido à vida, está muito ligado a nos reconectarmos com nós mesmos se colocando no momento presente, buscando atividades ou processos que se foquem muito mais no ato da realização, e não no resultado. A procura por algo que nos traga para o presente é um nado contra a maré, por assim dizer e, nesse aspecto, a análise por meio da psicoterapia pode ser uma ferramenta para auxiliar o indivíduo em sua busca por uma conexão maior consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.